quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Em gênero, número e grau

Minha grande amiga escreveu isso, quase que pensando conjuntamente comigo, que também já estava pensando em, palavras, demonstrar a minha indignação. Concordando ou não comentem, por favor.


Tudo é massa na Bahia, não sou eu que vou dizer que não.

Por motivos mercadológicos os dois jornais de grande circulação em salvador andam se estranhando. O jornal impresso que sempre fora o segundo, agora, é o primeiro. Desbancou o outro. Assim, o segundo jornal tornou-se o mais forte. Já que tudo mudou na contemporaneidade, ele também o fez.


O primeiro, agora, segundo jornal elaborou um jornalzinho a fim de contrabalançar a queda. Este jornalzinho prima pela falta de noção. A mais grotesca delas, é trazer sempre na capa uma mulher quase sem roupa, ou quando de roupa traz algum fetiche sexual. Isto deve ser para sugerir a exclamação: “Que mulher massa!”. Quem são estas mulheres? Qual o valor de sua fotografia?Acho que elas devem ganhar o preço da fama. É um bom preço.


A linguagem do jornal é primorosa. Uma linguagem barata. Os editores devem acreditar que esta tática colabora para um acesso fácil. Claro, acesso para aqueles que estão afastados do centro do poder em Salvador. Linguagem com gírias e abreviações coloquiais. Nada contra, mas tipo assim tudo deve ser medido. Por que o jornal mais velho deles, não possui linguagem similar?Será porque é mais caro? E sendo caro não é o povo marginalizado, desalfabetizado, suburbano que compra? A linguagem deve ser na certeza de encontrar um público largo. É uma ironia, uma afronta a inteligência. Só pode ser...


Para completar o cenário grotesco, o jornalzinho resolveu oferecer de brinde aos seus leitores, uma bandeirinha, depois um esmaltinho e por assim vai... Mas como tudo é massa na Bahia, não sou eu que vou dizer que não.


Naiana P. de Freitas 10/12/2010