A raiz
Num campo de silêncio
onde pastam manhãs
estou pelo que sou.
Canção azul de cobre,
me chega pelo vento:
em sua dor me deito.
Um espesso lençol
com ternura de pinhos
enrola o coração.
O sangue levanta
no espaço bandeiras
de fogo e limão.
Até a pedra entrega
seus ásperos segredos
ao cristalino dia.
A raiz arranca
com sua garra de amor
a rosa do meu peito.
E reparto o diamante
que a infância me deu.
por Thiago de Mello
a Moacyr Félix
Num campo de silêncio
onde pastam manhãs
estou pelo que sou.
Canção azul de cobre,
me chega pelo vento:
em sua dor me deito.
Um espesso lençol
com ternura de pinhos
enrola o coração.
O sangue levanta
no espaço bandeiras
de fogo e limão.
Até a pedra entrega
seus ásperos segredos
ao cristalino dia.
A raiz arranca
com sua garra de amor
a rosa do meu peito.
E reparto o diamante
que a infância me deu.
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[Do presente dos inesquecíveis: Faz escuro mas eu canto. Thiago de Mello - 23ªEd. - Rio de janeiro: Bertrand Brasil, 2009. p. 45-46.]
[Do presente dos inesquecíveis: Faz escuro mas eu canto. Thiago de Mello - 23ªEd. - Rio de janeiro: Bertrand Brasil, 2009. p. 45-46.]
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